Porque Treinar Forte e Rápido Te Ajuda a Emagrecer

Os índices de sobrepeso e obesidade vêm aumentando a cada década sendo classificada como epidemia (Organização Mundial da Saúde, 2013).

O indivíduo que é considerado obeso, apresenta porcentagem de gordura corporal acima de 25% para homens e de 35% ou mais para mulheres (Wilmore e Costil, 2003).

A gordura corporal em excesso relacionado à massa magra, ou simplesmente obesidade, é uma condição originada de diversos motivos, cujo desenvolvimento sofre influência de fatores genéticos e ambientais.

Existe uma grande variabilidade biológica entre os indivíduos em relação ao armazenamento do excesso de energia ingerida condicionada por seu patrimônio genético. A ingestão energética excessiva e a inatividade física formam os principais fatores entre os ambientais (Oliveira e colaboradores, 2003).

O exercício físico juntamente com a reeducação alimentar, vem sendo utilizado como principal ferramenta não medicamentosa nos programas de emagrecimento, sendo capazes de mudar a composição corporal (Oliveira e colaboradores, 2007).

A recomendação é de 20 a 30 minutos de exercícios aeróbios, realizados de 3 a 5 dias por semana, juntamente com treinos de resistência muscular e flexibilidade com frequência de 2 a 3 vezes por semana (ACSM, 2001).

Alguns dos prováveis mecanismos através dos quais o exercício físico pode auxiliar na perda e manutenção da massa corporal é o aumento de gasto diário de energia e da taxa metabólica basal, aumento da massa muscular, elevação do consumo de oxigênio e aprimorar o processo de mobilização e utilização de gordura (Jakicic e colaboradores, 2002).

Uma das principais dificuldades de muitos indivíduos é a disponibilidade de tempo, dificultando a prática.

Um dos métodos que vem sendo proposto e ganhando espaço pela sua eficiência na perda de gordura corporal total, perda de gordura abdominal e melhora cardiorrespiratória, em um período menor de estímulo que o treinamento aeróbio continuo é o treinamento intervalado de alta intensidade (HIIT), na sigla em inglês para Higth Intensity Intermittent Training (Astorino e colaboradores, 2013).

Com a finalidade de intensificar os treinos de corridas de longa distância, surgiu na década de 20, o modelo de treinamento intervalado, com estímulos de alta intensidade com curtas pausas de repouso.

Nas décadas seguintes, passou a ser o principal método de treinamento dos esportes ligados à resistência, como corridas de média e longa distância, ciclismo e natação (Volkov, 2002).

Esse método de treinamento consiste de um breve período de alta intensidade seguido de um período de recuperação que pode ser passiva ou ativa.

Pesquisas anteriores mostram melhora na capacidade de oxidar gordura e melhora na atividade enzimática mitocondrial com o HIIT. (Burgomaster e colaboradores, 2005; Trapp e colaboradores, 2008).

Esse método de treinamento vem demonstrando maior adesão ao exercício devido ao menor tempo de estímulo e à quebra da monotonia em vista da atenção para mudança de intensidade. (Wilmore e Costil, 2003).

Mesmo que a taxa glicolítica seja estimulada em exercício de alta intensidade (> 60% do VO2 máx) com declínio na oxidação de lipídios, o treinamento intervalado de alta intensidade se mostra eficiente no trabalho de oxidação da gordura, talvez pelo efeito crônico ou respostas metabólicas pós-exercício (Carnevali e colaboradores, 2011).

Os exercícios intervalados de alta intensidade podem auxiliar de maneira importante a redução de gordura corporal em sujeitos com sobrepeso e obesidade.

O método apresentou vantagens na economia de tempo da sessão de treinamento, mesmo não utilizando a gordura como principal fonte energética, mas tem um maior gasto energético total, influenciando o balanço energético negativo junto ao acompanhamento nutricional é uma estratégia eficiente para o emagrecimento.

Fonte: Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento ISSN 1981-9919

Prof. Maurílio Santana

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